Nuno Cabrita
Sinopse
Com uma presença e estética própria, os flamingos não são apenas um símbolo de primor. Vistos do ar ou mais de perto, quando os observamos, compreendemos o verdadeiro significado de elegância.
Em paralelo com o ator principal, o habitat que este ocupa, possui uma harmonia própria. Espaços vastos, dinâmicos, que se encontram eternamente marcados pelo passar ritmado do tempo. Seja no estuário ou em salinas há muito abandonadas, os flamingos fazem sentir a sua presença de uma forma que muitas vezes se faz confundir com o espaço.
Biografia
O processo fotográfico é um escape, o tempo que tenho apenas para mim, onde, e ao meu ritmo, me consigo desligar de um mundo que ambiciona tudo demasiado depressa.
Vivo e vivi toda a minha vida em ambiente urbano, contudo, tive o privilégio, desde muito novo, de estar em contacto com o mundo natural, fator que certamente moldou a forma como observo e sinto o que me rodeia. Lembro-me bem dos verões em casa dos meus avós, onde subia às árvores para observar mais de perto os pássaros ou de ver pirilampos ao crepúsculo.
Primeiro é o sair, o estar lá, observar o que existe e passa, só depois é que vem a fotografia. O processo foi natural e de certa forma inevitável, pois guiado pela curiosidade que nutro pelo meio natural e seus seres, tive a necessidade de os passar a registar. O aspeto estético da imagem é o que mais me importa. Sou apaixonado por capturar todo o espectro do mundo natural que me rodeia. Em vez de me estabelecer num nicho, procuro inspiração tanto nas paisagens mais vastas como nos detalhes e animais que as compõem. Dou sempre primazia à luz e à sua qualidade, onde um animal em comunhão com o seu ambiente é o que me chama a atenção.
